Atos 7.46-50
Após o período dos juízes o povo passou a ser
governado por reis. Um importante fato deste período foi a construção do templo
em Jerusalém.
Ao ler as histórias destes reis é interessante
analisar a diferença entre os reis que temiam a Deus e os reis descrentes que
eram sempre derrotados.
Após o reinado de Salomão o reino se dividiu em
duas partes. O reino do norte foi seguido pela maior parte das tribos e foi
chamado de Reino de Israel com a capital Samaria. O sul ficou com a tribo de
Judá e por isso conhecido como o Reino de Judá tendo sua capital eis Jerusalém.
A tradição diz que os reis do sul foram mais tementes a Deus, talvez pelo
centro religioso em Jerusalém. Mesmo os fiéis do reino do norte continuaram a
adorar no templo de Jerusalém.

A história dos reis conta sobre o cativeiro do povo
de Deus quando em 722 a.C. o reino do norte foi levado cativo para a Assíria e
em 587 o reino do sul foi levado para a Babilônia. Os livros que falam deste
período são: II Samuel, I e II Reis e I e II Crônicas.
OS REIS DE ISRAEL
Saul: 1050 a.C.
Davi: 1010 a 970 a.C.
Salomão: 970 a 931 a.C.
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O REINO DIVIDIDO
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Reino do Norte (ISRAEL)
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Reino do Sul (JUDÁ)
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Jeroboão: 931-910 a.C.
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Roboão: 931-913 a.C.
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Nadabe: 910-909 a.C.
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Abias: 913-911 a.C.
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Baasa: 909-886 a.C.
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Asa: 911-870 a.C.
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Etá: 886-885 a.C.
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Josafá: 873-848 a.C.
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Zinri: 885 a.C.
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Jeorâo: 853-841 a.C.
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Omi: 885-874 a.C.
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Azarias: 841 a.C.
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Acabe: 874-853 a.C.
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Atalia: 841-835 a.C.
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Acasias: 853-852 a.C.
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Joás: 835-796 a.C.
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Jorão: 852-841 a.C.
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Amasias: 796-781 a.C.
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Jeú: 841-814 a.C.
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Uzias: 781-740 a.C.
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Jeoacaz: 814-798 a.C.
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Jotão: 740-736 a.C.
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Jeoás: 798-793 a.C.
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Ácaz: 736-716 a.C.
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Jeroboão 793 -753 a.C.
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Ezequias: 716-687 a.C.
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Zacarias: 753 a.C.
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Manasses: 687-642 a.C.
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Seium: 753 a.C.
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Amom: 642-640 a.C.
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Manem: 752-742 a.C.
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Josias: 640-609 a.C.
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Pecaias: 742-740 a.C.
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Jeoacaz: 609 a.C.
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Peca: 740-732 a.C.
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Jeoaquim: 609-597 a.C.
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Oséias: 732-722 a.C.
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Zedequias: 597-567 a.C.
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Cativeiro Assírio
722 a.C. |
Cativeiro Babilônico
587 a.C. |
O início da monarquia de Israel
A figura política dos
“juízes”, apta para resolver assuntos de caráter tribal, mostrou-se ineficaz
ante os problemas que, mais tarde, haveriam de ameaçar a sobrevivência do
conjunto de Israel no mundo palestino. Assim, pouco a pouco, veio a implantação
da monarquia e, com ela, uma forma de governo unificado, dotado da autoridade
necessária para manter uma administração nacional estável.
Ainda que a monarquia
tenha enfrentado, no início, fortes resistências internas (1Sm 8),
paulatinamente chegou a impor-se e consolidar-se. Samuel, o último dos juízes
de Israel, foi sucedido por Saul, que em 1040 a.C. iniciou o período da
monarquia, que se prolongou até 586 a.C., quando, durante o reinado de
Zedequias, os babilônios sitiaram e destruíram Jerusalém, tendo Nabucodonosor à
frente. Saul, que começou a reinar depois de ter obtido uma vitória militar
(1Sm 11) e de ter triunfado em outras ocasiões, todavia, nunca conseguiu acabar
com os filisteus, e foi lutando contra eles no monte Gilboa que morreram os
seus três filhos e ele próprio (1Sm 31.1-6).
Saul foi sucedido por
Davi, proclamado rei pelos homens de Judá na cidade de Hebrom (2Sm 2.4-5). O seu
reinado iniciou-se, pois, na região meridional da Palestina, mas depois
estendeu-se em direção ao norte. Reconhecido como rei por todas as tribos
israelitas, conseguiu unificá-las sob o seu governo. Durante o tempo em que
Davi viveu, produziram-se acontecimentos de grande importância: a anexação à
nova entidade nacional de algumas cidades cananéias antes independentes, a
submissão de povos vizinhos e a conquista de Jerusalém, convertida desde então
na capital do reino e centro religioso por excelência.
Próximo já da sua morte,
Davi designou por sucessor o seu filho Salomão, sob cujo governo alcançou o
reino as mais altas cotas de esplendor. Salomão soube estabelecer importantes
relacionamentos políticos e comerciais, geradores de grandes benefícios para Israel.
As riquezas acumuladas sob o seu governo permitiram realizar em Jerusalém
construções de enorme envergadura, como o Templo e o palácio real. O prestígio
de Salomão fez-se proverbial, e a fama da sua prudência e sabedoria nunca
tiveram paralelo na história dos reis de Israel (1Rs 5—10).
A ruptura da unidade nacional
A despeito de todas as
circunstâncias favoráveis que rodearam o reinado de Salomão, foi precisamente
aí que a unidade do reino começou a fender-se. Por um e outro lado do país,
surgiam vozes de protesto pelos abusos de autoridade, pelos maus tratos
infligidos à classe trabalhadora e pelo agravamento dos tributos destinados a
cobrir os gastos que originavam as grandes construções. Tudo isso, fomentando
atitudes de descontentamento e rebeldia, foi causa do ressurgimento de antigas
rivalidades entre as tribos do Norte e do Sul.
Os problemas chegaram ao
extremo quando, morto Salomão, ocupou o trono o seu filho Roboão (1Rs 12.1-24).
Sem a sensatez do seu pai, Roboão provocou, com imprudentes atitudes pessoais,
a ruptura do reino: de um lado, a tribo de Judá, que seguiu fiel a Roboão e
manteve a capital em Jerusalém; de outro, as tribos do Norte, que proclamaram
rei a Jeroboão, antigo funcionário da corte de Salomão. Desde esse momento, a
divisão da nação em reino do Norte e reino do Sul se fez inevitável.
Judá, sempre governada
por um membro da dinastia davídica, subsistiu por mais de trezentos anos, ainda
que a sua independência nacional tivesse sofrido importantes oscilações desde
que, no final do séc. VIII a.C., a Assíria a submeteu a uma dura vassalagem.
Aquele antigo império dominou a Palestina até que medos e caldeus, já próximo
do séc. VI a.C., apagaram-na do panorama da história (Na 1—3). Então, em Judá,
onde reinava Josias, renasceram as esperanças de recuperar a perdida
independência; mas, depois da batalha de Megido (609 a.C.), com a derrota de
Judá e a morte de Josias (2Cr 35.20-24), o reino entrou em uma rápida
decadência, que terminou com a destruição de Jerusalém em 586 a.C. O Templo e
toda a capital foram arrasados, um número grande dos seus habitantes foi levado
ao exílio, e a dinastia davídica chegou ao seu fim (2Rs 25.1-21). Ao que
parece, a perda da independência de Judá supôs a sua incorporação à província
babilônica de Samaria; mas, além disso, o país havia ficado arruinado, primeiro
pela devastação que causaram os invasores e em seguida pelos saques a que o
submeteram os seus povos vizinhos, Edom (Ob 11), Amom e outros (Ez 25.1-4).
O reino do Norte,
Israel, nunca chegou a gozar uma situação politicamente estável. A sua capital
mudou de lugar em diversas ocasiões, antes de ficar finalmente instalada na
cidade de Samaria (1Rs 16.24), e várias tentativas para constituir dinastias
duradouras terminaram em fracasso, frequentemente de modo violento (Os 8.4). A
aniquilação do reino do Norte sob a dominação assíria ocorreu gradualmente:
primeiro foi a imposição de um grande tributo (2Rs 15.19-20); em seguida, a
conquista de algumas povoações e a consequente redução das fronteiras do reino
e, por último, a destruição de Samaria, o exílio de uma parte da população e a
instalação de um governo estrangeiro no país conquistado.